terça-feira, 29 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
medo do medo
medo
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
rima besta
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
outra ilha chamada quimera
as vezes gostaria muito de nunca ter pensado nisso
outras vezes me sinto muito esperto por pensar
as vezes acho que nunca pensei
as vezes tenho certeza
mas na maioria das vezes tenho dúvidas
uma ilha chamada quimera
não sei bem como faço para lembrar ou para esquecer
as vezes tudo parece tão sob controle do acaso
outras vezes acho que tenho tudo sob controle
muitas vezes acho que sou um idiota
outras vezes tenho certeza
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
cantiga de roda
sem prever
sem achar o que vai ser
sem buscar, remoer
sem motivo
sem sentido
como tudo tem que ser.
domingo, 15 de novembro de 2009
movediço
aceitar o absurdo.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
as coisas
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
o eco do silêncio
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
anti-édipo.
as coisas foram exatamente como deveriam
as coisas serão exatamente como sempre foram, únicas e certas.
aleatório.
e acho que nenhuma memória é digna de ocupar um espaço atoa. a memória ocupa o lugar que sobra, e nada além disso. se não sobrar espaço no armário, na cabeça, no coração etc, lamento, mas acho que tudo desaparece na linha do tempo, e a linha do tempo é imaginária e infinita.
e nada é mais seguro que o infinito e a imaginação.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
pelas ruas da cidade
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
porque deus quis que não o conhecêcemos
por isso se nos não mostrou...
sejamos simples e calmos,
como os regatos e as árvores
e deus amar-nos-á fazendo de nós
nós como as árvores são árvores
e como os regatos são regatos,
e dar-nos-á verdor na sua primavera,
e um rio aonde ir quando acabermos
e não nos dará mais nada,
porque dar-nos mais seria tirar-nos mais.
(alberto caeiro)
se às vezes falo dela como de um ente
é que para falar dela preciso usar a linguagem dos homens,
que da personalidade às cousas,
e impõe nome às cousas.
mas as cousas não têm nome nem personalidade:
existem, e o céu é grande e a terra larga,
e o nosso coração do tamanho de um punho fechado...
bendito seja eu por tudo quanto sei.
é isso tudo que verdadeiramente sou.
gozo tudo isso como quem sabe que há o sol.
(alberto caeiro)
ou de não dever ser assim.
dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
com as cousas humanas posta desta maneira.
dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
dizes que se fossem como tu queres, seria melhor.
escuto sem te ouvir.
para quê te queria eu ouvir?
ouvindo-te nada ficaria sabendo.
se as cousas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
ai de ti e de todos que levam a vida
a querer inventar a máquina de fazer felicidade.
(alberto caeiro)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
autofagia.
tão só e com tanto medo da solidão
tão junto e com tanto medo da multidão
tão pouco e com tanto medo do nada
tão tudo e com tanto medo do eterno
tão mau e com tanto medo do inferno
tão lento e com tanto medo do estático
tão louco e com tanto medo da loucura
tão rápido e com tanto medo do futuro
tão santo e com tanto medo de deus
tão sóbrio e com tanto medo da realidade
tão puro e com tanto medo da virgindade
tão cético e com tanto medo da relatividade
tão desapegado e com tanto medo da saudade
tão contraditório e com tanto medo da verdade.
domingo, 20 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
breguices de um coração desgraçado III
breguices de um coração desgraçado II
breguices de um coração desgraçado.
domingo, 13 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
e, ainda assim, as vezes, acho que poderia morrer de amor por alguém ou por alguma coisa.
mas só de pensar que morreria sozinho, desisto de pular.
não morremos um pelo outro,
e, mesmo assim, as vezes, acho que nasci para alguém, ou para alguma coisa.
mas só de pensar que nasceria sozinho, aborto.
não vivemos um para o outro,
mas, as vezes, ainda acho que só existimos morrendo de amor
vez ou outra ainda acho que nascemos para amar.
mas só de pensar em amar, nasço e morro um milhão de vezes.