sexta-feira, 4 de setembro de 2009

de algum começo que não sei qual de algum pedaço que mordi e me desceu mal de algum amargo que temperei com sal de qualquer sábado domingo feriado nacional. de hoje em diante, de longe o bastante para esquecer e mudar o semblante por um pequeno estante que pareça verdade daqui para onde não sei a idade do mundo não sei se meu pé toca o fundo do mar ou de qualquer lugar que me faça esquecer de pensar e pensar e pensar e pensar e pensar. pode ser que seja daqui que recomece a sentir o gosto da vida da salada do almoço do osso roído aparentemente insosso mas a água já bate no pescoço e a maré vai subindo independentemente do meu esforço. se essa fruta tem caroço eu sou obrigado a morder mais fundo esperar secar cavar profundo plantar e semear algum fruto morder e achar saboroso.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Vc desafiou a gramática como um coreógrafo quer desafiar a lei da gravidade, ou não.
    Sério, bom!
    Bom, sério!

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  3. "[...]se essa fruta tem caroço eu sou obrigado a morder mais fundo esperar secar cavar profundo plantar e semear algum fruto morder e achar saboroso."


    Tudo isso rima com maravilhoso.
    E rima tanto quanto o é.

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