terça-feira, 30 de junho de 2009

http://www.youtube.com/watch?v=tarvCZ94U5Q

só de pensar nas possibilidades me afogo em quase ações. por maior que seja nossa insistência em controlar alguma coisa, uma atmosfera sensivelmente emaranhada nos envolve e nos mostra o quão curto são nossos pensamentos, o quão pouco podemos, o quão limitada é a nossa carne, o quão certo é nosso erro. por mais que tentemos ignorar nossa ligação com cada detalhe desse mundo, sempre existirá uma corda amarrada em nosso tornozelo nos puxando para a irracionalidade, que, ao meu ver, é o lugar de onde nunca deveríamos ter saído; ou melhor, nunca deveríamos ter pensado que sairíamos; ou, melhor ainda, nunca deveríamos ter pensado que pensamos; mas - já que acho que penso - pensando bem, nem acho que o pior seja o que já foi, até porque seria uma idiotice pensar que toda razão exista apenas na memória. o erro que vejo exaustivamente se repetindo em mim e ao meu redor, é a criação de uma expectativa sobre uma base claramente fantasiada em uma mentira óbvia. talvez essa mentira seja tão óbvia que nos torna inocentes. talvez essa mentira tenha sido tão bem contada que nos acomoda. talvez essa mentira esteja tão abraçada, tão enraizada, que seja difícil eviscerá-la. talvez essa mentira seja tão única, que tomâmo-la como cotidiana e essencial mesmo conhecendo seu fracasso. sinto-me óbvio escrevedo isso, e mais óbvio ainda aceitando. às vezes acho que só consigo viver por não acreditar em estabilidade.

domingo, 28 de junho de 2009



qualquer tipo de silêncio.
que seja um silêncio de quem não tem o que dizer,
que seja um silêncio de quem não tem com quem falar,
que seja um silêncio de quem se recusa a ouvir,
ou um silêncio que se forma quando se cansa de gritar.

preciso ouvir o que o silêncio me diz.