domingo, 27 de fevereiro de 2011

O tempo parado no ar. Cada um em seu devido quarto, ventiladores ligados, cobertores nas pernas, luzes dos corredores e das varandas ligadas, ruídos de eletricidade nos interruptores e na geladeira, portas entreabertas. Nos guarda roupas, roupas; alguns objetos pequenos, valiosos, remédios ou até dinheiro escondidos por debaixo das pilhas de roupas limpas. Cada quarto com seu cheiro próprio, com sua própria alma, sua própria harmonia. Alguns mais empoeirados e outros bem organizados; alguns vazios e outros entulhados de restos de memória. Compondo a atmosfera de cada cômodo, os corpos com suas respirações. Profundas, rasas, curtas, longas, silenciosas, barulhentas, delicadas, brutas, leves e pesadas. E, compondo a parte invisível de cada canto, os sonhos.

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