domingo, 30 de maio de 2010

depois que nada mais existe, exceto os dias, as horas e a vida, parece absurdo, mas tudo fica perfeito. porque de qualquer forma as coisas são perfeitas, estando cheias ou vazias de qualquer coisa. fico feliz por ter encontrado o limite das minhas mãos e dos meus pensamentos. fico feliz por entender que nada mais libertário do que perceber os limites e aceitá-los sem a pretensão de achar que as coisas estão sempre erradas, ou que sempre são insuficientes para o meu desejo. nada mais certo do que a decepção, porque vivemos sonhando e nada mais decepcionante do que a expectativa. a vida mata o sonho e o sonho mata a vida, e nesse assassinato cotidiano de sonhos e vida, eu vejo e admiro o vazio perfeito de existir.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

o bom de estar cheio é perceber que tudo é efêmero.

conversa de um grão de areia no meio do oceâno com o desnecessário

chega de falar do todo e de tudo
de falar do essencial e do invisível
de inventar leis e metáforas para leis
de rodear o evidente
de fingir acreditar no que já é e sempre foi.
a vida é estranha pra caralho
sempre foi estranha pra caralho
e vai continuar sendo.
e que se foda o infinito.

hahahahahahahahahaha...




quinta-feira, 6 de maio de 2010

o tudo é um instante, e não há futuro ou passado que prove o contrário. o tempo é pesado, quando passa parece que arrasta nosso corpo junto. mas a eternidade é leve e se desfaz como fumaça no ar. o longe é sempre mais perto do que se imagina, e tudo está aqui do lado, do outro lado do universo.